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domingo, 3 de outubro de 2010

OS TRÊS CONSELHOS

Essa é uma história que se aplica a quem vai começar a vida. É também para aqueles que não têm um foco bem definido e ficam se preocupando com o que acontece na vida dos outros. Por último, é para aqueles que, sendo imaturos, agem por impulso e sem autocontrole.

Essa é uma história para todos nós.

Um casal de jovens, recém-casados, era muito pobre e vivia de favores num sítio do interior.
Um dia o marido fez a seguinte proposta a esposa: - Querida eu vou sair de casa, vou viajar para bem longe, arrumar um emprego e trabalhar até ter condições para voltar e dar-te uma vida mais digna e confortável. Não sei quanto tempo vou ficar longe, só peço uma coisa, que você me espere e, enquanto estiver fora, seja fiel a mim, pois eu serei fiel a você.
Assim sendo o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudá-lo em sua fazenda. O jovem chegou e ofereceu-se pra trabalhar, no que foi aceito. Pediu para fazer um pacto com o patrão, o que também foi aceito. O pacto seria o seguinte:
- Deixe-me trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que devo ir, o senhor me dispense das minhas obrigações. Eu não quero receber o meu salário. Peço que o senhor o coloque na poupança, o dia em que eu sair o senhor me dá o dinheiro e eu sigo o meu caminho.
Tudo combinado. Aquele jovem trabalhou durante vinte anos, sem férias e sem descanso. Depois de vinte anos, chegou para o patrão e disse:
- Patrão, eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para minha casa.
O patrão então lhe respondeu:
- Tudo bem, afinal, fizemos um pacto e vou cumpri-lo, só que antes, quero lhe fazer uma proposta, tudo bem? Eu lhe dou todo a seu dinheiro e você vai embora ou eu lhe dou três conselhos e não lhe dou o dinheiro e você vai embora. Se eu lhe der o dinheiro eu não dou os conselhos e se eu lhe der os conselhos eu não lhe dou o dinheiro. Vá para o seu quarto, pense e depois me de a resposta.
Ele pensou durante dois dias, procurou o patrão e disse-lhe: - Quero os três conselhos.
O patrão novamente frisou: - Se lhe der os conselhos, não lhe dou o dinheiro.
E o empregado respondeu: - Quero os conselhos.
O patrão então lhe falou:

1. Nunca tome atalhos em sua vida, caminhos mais curtos e desconhecidos podem lhe custar a sua vida;
2. Nunca seja curioso para aquilo que é mal, pois a curiosidade pro mal pode ser mortal;
3. Nunca tome decisões em momento de ódio ou de dor, pois você pode se arrepender e ser tarde demais.

Após dar os conselhos, o patrão disse ao rapaz, que já não era tão jovem assim: - Aqui você tem três pães, dois para você comer durante a viagem e o terceiro é para comer com sua esposa quando chegar a sua casa.
O homem então, seguiu seu caminho de volta, depois de vinte anos longe de casa e da esposa que ele tanto amava. Após o primeiro dia de viagem, encontrou um andarilho que o cumprimentou e lhe perguntou: - Pra onde você vai?
Ele respondeu: - Vou para um lugar muito distante que fica a mais de vinte dias de caminhada por esta estrada.
O andarilho disse-lhe então: - Rapaz, este caminho é muito longo, eu conheço um atalho que “é perfeito” e você chega em poucos dias.
O rapaz contente, começou a seguir pelo atalho, quando se lembrou do primeiro conselho, então voltou a seguir o caminho normal. Dias depois soube que o atalho levava a uma emboscada.
Depois de alguns dias de viagem, cansado ao extremo, achou uma pensão à beira da estrada, onde pode hospedar-se. Pagou a diária e após tomar um banho deitou-se para dormir. De madrugada acordou assustado com um grito estarrecedor. Levantou-se de um salto só e dirigiu-se à porta para ir até o local do grito. Quando estava abrindo a porta, lembrou-se do segundo conselho. Voltou-se, deitou-se e dormiu. Ao amanhecer, após tomar o café, o dono da hospedagem lhe perguntou se ele não havia ouvido um grito e ele disse que tinha ouvido.
O hospedeiro disse: - E você não ficou curioso?
Ele disse que não. No que o hospedeiro respondeu: - Você é o primeiro hóspede a sair vivo daqui, pois meu filho tem crises de loucura – grita durante a noite e quando o hóspede sai, mata-o e enterra-o no quintal.
O rapaz prosseguiu na sua longa jornada, ansioso por chegar a sua casa.
Depois de muitos dias e noites de caminhada... Já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaça de sua casinha, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta de sua esposa. Estava anoitecendo, mas ele pode ver que ela não estava só. Andou mais um pouco e viu que ela tinha entre as pernas, um homem a quem estava acariciando os cabelos. Quando viu aquela cena, seu coração se encheu de ódio e amargura e decidiu-se a correr de encontro aos dois e a matá-los sem piedade.
Respirou fundo, apressou os passos, quando se lembrou do terceiro conselho. Então parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo e no dia seguinte tomar a decisão.
Ao amanhecer, já com a cabeça fria ele disse: - Não vou matar minha esposa e nem seu amante. Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta. Só que antes, quero dizer a minha esposa que eu sempre fui fiel a ela.
Dirigiu-se à porta da casa e bateu. Quando a esposa abre a porta e o reconhece, se atira ao seu pescoço e o abraça afetuosamente. Ele tenta afastá-la, mas não consegue. Então com lágrimas nos olhos, lhe diz: - Eu fui fiel a você e você me traiu... Ela espantada lhe responde: - Como? Eu nunca te trai, esperei durante vinte anos.
Ele então lhe responde: - E aquele homem que você estava acariciando ontem ao entardecer?
E ela lhe disse: - Aquele homem é nosso filho. Quando você foi embora, descobri que estava grávida. Hoje ele está com vinte anos de idade. Então o marido entrou, conheceu, abraçou seu filho e contou-lhe toda a sua história. Enquanto a esposa preparava o café, sentaram-se para tomá-lo e comer juntos o último pão. Após a oração de agradecimento, com lágrimas de emoção, ele parte o pão e ao abri-lo, encontra todo o seu dinheiro, o pagamento por seus vinte anos de dedicação.

Muitas vezes achamos que o atalho “queima etapas” e nos faz chegar mais rápido, o que nem sempre é verdade...
Muitas vezes somos curiosos, queremos saber de coisas que nem ao menos nos dizem respeito e que nada de bom nos acrescentará...
Outras vezes, agimos por impulso, na hora da raiva, e fatalmente nos arrependemos depois....

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