Solidão sobreposta

Repouso o olhar no infinito Nessas horas de solidão sobrepostas Aquieto-me, pois a voz emudece, Neste mar de palavras algemadas. Há vazios que me leva a procura Calo-me quando não sei o que falar As letras se escondem, Por não compreender seu jeito de amar. E surgem pequenas melodias de amor Com raras vírgulas de ternura São imensas as cogitações de dor Nas horas surdas dos dias... Irrequietas as silabas amargas da partida Que se conjunta com as ondulações do meu ser Sopro de tristeza num sentimento desta vida, Saudades que não me deixa te esquecer.

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