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sábado, 1 de janeiro de 2011

Caminho sozinha.


Sinto um gélido sombrio
Um silencio sufocante
Um nó na garganta
E no peito um vazio.

E a dor vem de graça...
E o de graça tem seu preço...
Preço amargo de um tributo
Que vem com apresso...

Sem ser desejado... Um arremesso!
Sem dia marcado... Um tropeço!

De todo amor que te dei
Só desilusões recebi
De tudo que sonhei
Só tristeza vivi.

Agora caminho sozinha,
Deixando me levar pelo
Sopro da brisa, dou um passo
Outro passo, em passo

Sereno, deixando densas
Névoas que me tortura
Aonde vai me conduzir?
Para onde devo ir?
Nem sei.
Sozinha sem sonho, fantasia

Sem nada, somente habitante
De uma melancolia.
Percebendo o quanto a realidade é sufocada

Caminho na dádiva deste tempo,
Rumo ao espaço
Perdida do nada!


Autora:


Trigésimo sexto poema.

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